domingo, 13 de agosto de 2017

UM REVEILLON NO JACAREZINHO

NA ERA DO KOJAK UM FINAL DE ANO PRA NINGUÉM BOTAR DEFEITO
            Alô, alô W/Brasil, Jacarezinho, avião, Jacarezinho, avião
            Cuidado com o Disco Voador
                         W/Brasil (Chama o Síndico) Jorge Bem Jor
NÃO SE ENTRA EM UMA FAVELA À NOITE SEM TER SIDO CONVIDADO
Era o final do ano da graça de 1988, estávamos à beira de um Ano Novo cheio de esperanças, o Ano de 1989 seria um ano de muitas realizações e era preciso celebrar sua chegada. Eu trabalhava na equipe fotográfica do Jornal O Dia , carregava comigo a experiência de haver trabalhado em dois grande jornais, O Globo e o Jornal do Brasil e tinha a fama de ser um especialista em favelas, após a temporada na Rocinha, que rendeu uma reportagem histórica para o JB. Haviam esquecido que eu havia também sido rotulado como um "fotógrafo de coluna social", pelos três ou mais anos cobrindo a vida noturna e as socialites da cidade na época de ouro do colunismo social. Mas jornalismo é assim mesmo (ou era). As equipes para a grande cobertura de final de ano haviam sido escaladas, eu, era considerado  um "profundo" conhecedor dos meandros das favelas cariocas e fui premiado com a tarefa de passar o réveillon no meio do tiroteio. Na Favela do Jacarezinho, um dos redutos do Comando Vermelho, na época sob o reinado do Kojac, o dono do morro.
Olheiro foto Alcyr Cavalcanti all rights reserved

Sabiamente perguntei aos chefes se estava tudo combinado, afirmaram com um sonoro " Sim, claro que sim". Mas eram apenas palavras ao vento, nada havia sido combinado, seria apenas para "não ficarmos intimidados, com medo da matéria". A experiente repórter que teria sido o contato, havia se esquecido, ou parece ter se esquecido. Fomos então todo contentes para a inglória missão, que provavelmente poderia render uma capa e um destaque no jornal.
Mais do que nunca a velha máxima "Não se entra em uma favela sem ter sido convidado ou sem ter um destino certo" seria aplicada. Ao chegarmos na favela, em torno de dez da noite fomos direto para a praça principal, acho que Largo da Concórdia  (sic) que estava  deserta, um clima um pouco estranho. Estavam preparando um coreto para um baile e as comemorações. A repórter Angelina, o motorista e eu desembarcamos de uma Kombi  caindo aos pedaços  sem a logomarca do jornal,  e o motorista "malandro agulha" a toda hora usava o radio comunicador para "tirar uma onda". Ao pressentir que a acolhida não iria ser nada amistosa tive a brilhante (e única) ideia de encontrar a matriarca local e saímos a procurar.  Batemos em uma casa e nada encontramos, ninguém queria falar, nem matriarca, nem patriarca nem criança, estávamos abandonados á própria sorte. Aos poucos o tempo ia passando, em um beco as caixas de som iam chegando, o palco para os festejos estava quase pronto. Fogos começavam a espocar e alguns tiros também. Faltavam quinze minutos para a meia noite, um novo ano pleno de esperanças ia começar, e começou. De vários becos em plena escuridão, de repente sai uma tropa de uns trinta jovens não com foguetes e bombinhas comemorativas, mas com fuzis, pistolas e vem aos gritos em nossa direção, : "Que porra é essa, guarda esse troço"  em relação à minha velha Nikon. Fiquei petrificado, sem ação enquanto um deles apontava sua arma o outro fez um sinal negativo para mim e foi direto ao rádio comunicador, privilégio de policiais e jornalistas, e foram diretos a nos acusar de X-9. Meio gagos e trêmulos dissemos a um dos jovens soldados que éramos do Dia e estava tudo combinado com o Kojak, mas eles deram um sorriso estranho e disseram que nada havia sido passado a eles e que o tal Kojak não mandava nada e após uma pequena confabulação  disseram para ir embora, "vazar" com muita rapidez sempre com as "peças" bem carregadas apontadas para nós. . O Kojak das Joias como era conhecido tinha conseguido levar a Escola de Samba Unidos do Jacarezinho para o Grupo Especial no Carnaval 1988. Ao que parece já havia uma cisão no movimento e  Kojak era a "bola da vez", foi executado e arrastado como um animal pela favela um tempo depois, mas quem havia ficado na redação não sabia nada de Jacarezinho, ou esqueceu que nas mais de 950 favelas da bela cidade de São Sebastião o movimento é extremamente móvel, e tudo muda com muita rapidez e como diria um cientista social de gabinete "A correlação de forças mudou", mas em realidade "no Jacaré o buraco é mais embaixo".
Claro que após a recepção nada amistosa, entramos na Kombi e fomos embora, aparentando calma, a essa altura estávamos congelados de medo, a repórter Angelina estava paralisada no banco de trás e balbuciava frases desconexas. Ao sair vagarosamente a dez km ainda tive a infeliz ideia de falar a um dos rapazes que se preparava para botar as caixas de som a mil decibéis se podia tirar uma foto do grupo, e respondeu simplesmente apontando para uma arma que estava em sua cintura e notei que logo atrás dois soldados estavam na contenção. Só então caímos na realidade que era sumir dali o mais rápido possível e fomos á procura inglória de um bar para baixar o nível de stress, mas era tudo um deserto só, as pessoas ou estavam trancados em suas casas a festejar, ou todos na Praia de Copacabana na saudação à Rainha do Mar. Fomos cada um de volta para casa completamente mudos e rezando para que o ano que começava fosse um pouco melhor do aquela noitada imensamente mal sucedida. Mas, pensando bem se fosse hoje, nos novos tempos envelhecidos do século XXI, não estaria aqui a contar como se faz uma reportagem, ou melhor como não se deve fazer a reportagem de um Réveillon no Jacarezinho.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

A FEIRA DA FOTOGRAFIA

FEIRA CULTURAL DA FOTOGRAFIA E IMAGEM
UM PONTO DE ENCONTROS PARA OS AMANTES DA NOBRE ARTE
Todo último domingo de cada mês um grupo de amantes da nobre arte da Fotografia se reúne nos Jardins do Museu da República, no antigo Palácio do Catete para reverenciar algumas imagens e conversar sobre muitas coisas, em especial sobre Fotografia. A Feira dirigida pelo incansável produtor cultural Cilano Simões foi fundada pelo repórter fotográfico Roberto Cerqueira, falecido prematuramente.
foto Alcyr Cavalcanti all rights reserved
 
A Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio de Janeiro-ARFOC organizou a exposição em destaque do mês de Julho e a mostra fotográfica fez uma singela homenagem a um dos mestres do Fotojornalismo, Alberto Abrahão Jacob recém falecido. Jacob trabalhou em vários jornais e revistas e deixou como legado fotos que ficaram para a história, como documento. Uma de sua imagens premiadas foi "O Quase Atropelamento" vencedora do Prêmio Esso, a maior premiação em imagem, que como muitas coisas em nossa terra foram extintas.
O painel de fotografias destinado à ARFOC expôs também uma série de imagens de seu Acervo de imensa importância social, como documento histórico, que em tempos pós- modernos que um capitalismo selvagem e anacrônico insiste em apagar.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

WORLD PRESS O MELHOR DO FOTOJORNALISMO

FOTÓGRAFO BURHAN OZBILICI DA ASSOCIATED PRESS É O VENCEDOR COM A IMAGEM DO ASSASSINATO DO EMBAIXADOR RUSSO ANDREI KARLOV
UMA IMAGEM CRUA QUE REPRESENTA O ÓDIO CONTEMPORÂNEO
             "Pensei, eu estou aqui. Mesmo que ele possa me ferir ou me matar, eu sou um jornalista
               e devo fazer meu trabalho"
                                           Burhan Ozbilici

O fotojornalista da Associated Press-AP teve a coragem, a frieza e a consciência da importância de seu trabalho em uma época em que intencionalmente ou não imagens decisivas que vão entrar para a história são interditas ou mesmo descartadas. Uma imagem excepcional que segue rigorosamente uma das máximas do Fotojornalismo, o click definitivo, direto sem artifício, sem manipulações do Adobe Photoshop, imagem nua e crua da vida como ela, é sem filtragem. O concurso com imagens de todo o mundo consegue reunir o melhor do Fotojornalismo mundial.
Foto vencedora de Burhran Ozibili clicada por celular
 
Para Mary Calvert, membro do júri que escolheu as melhores imagens do ano de 2016 em diversas categorias "Foi uma decisão muito difícil, mas a maioria sentiu que a foto era uma imagem explosivamente representativa do ódio contemporâneo. Nós realmente achamos que ela resume o que uma World Press Photo do Ano deve representar". A foto foi feita em dezembro de 2016 durante uma exposição em Ankara na Turquia por um policial turco que fez oito disparos aos gritos de Alah Akbar matou o embaixador e feriu duas pessoas.
Foram inscritas 82.951 fotografias por 5.775 fotógrafos de 128 países. Os fotojornalistas Lalo de Almeida da Folha de São Paulo foi também premiado com um Ensaio sobre crianças com microcefalia devido ao vírus da Zika, além de  Felipe Dana da AP com 'Batalha de Mosul" na ofensiva contra o estado Islâmico-ISIS no Iraque e Peter Bauza da Alemanha com imagens de um conjunto habitacional abandonado situado em Campo Grande, 40 km do Centro da Cidade.
 
 
A primeira vez que o concurso foi realizado foi em 1955 com 300 imagens de 42 fotógrafos.
 
 
Serviço: A exposição fotográfica  vai até 18 de junho de 10h ás 21h na Caixa Cultural na Avenida Almirante Barroso 25 -Centro-RJ  Entrada Gratuita

sexta-feira, 24 de março de 2017

QUANTA SAUDADE DO VELHO MARACA

O MARACANÃ NÃO É MAIS NOSSO
Tempo bom, não volta mais. O "Templo do Futebol" agora vive entregue aos ratos de duas e quatro pernas e às baratas. E o torcedor "Si Fu"... de verde e amarelo.

O negócio agora é faturar e o povo que se exploda, adeus 190 mil acenando bandeiras e soltando foguetes, agora o Velho e querido  Maraca não é mais um estádio, de um tempo pra cá encolheu de tamanho e agora  é Arena Maracanã da Lagardère,  da Odebrecht ou da PQP.....

domingo, 24 de abril de 2016

IMAGENS PROIBIDAS PELA LEI DE SEGURANÇA

UM REGISTRO FOTOGRÁFICO DA MISÉRIA HUMANA FOI PROIBIDO
EM TEMPOS CINZENTOS POUCA COISA PODERIA SER REGISTRADA
Estávamos em meados dos anos setenta, em pleno governo militar que adotava a Lei de Segurança Nacional-LSN para controlar e punir aqueles que eram considerados inimigos do Estado. A LSN era extremamente punitiva e controlava todos os setores, principalmente o jornalismo impresso, que era considerado um inimigo do Estado que precisava ser monitorado. Havia controle rígido com censura nas redações, geralmente feita por militares ou policiais para examinar o que poderia ou não ser publicado. Eu trabalhava no jornal O Globo e havia sido designado para uma cobertura jornalística do treino de futebol do Vasco da Gama em São Januário. Saí do jornal acompanhado somente pelo motorista quando presenciei uma cena inusitada, um grupo de moradores de rua estava reunido em frente à igreja de Santana na rua de mesmo nome. Horário 8,30h da manhã. Ônibus e passantes olhavam e tinham reações diversas, ora de espanto, ora de deboche pelas cenas pouco usuais. Efetuei vários disparos,  talvez uns trinta ou mais, separei o filme e fui para São Cristóvão cumprir minha tarefa, fotografar o treinamento do "Gigante da Colina". 
 
Retornei em torno de 11h liberei o motorista e resolvi ver mais um pouco do que acontecia no acampamento dos mendigos. O cenário mudou, das cenas de discussão e violência passaram a cenas de afeto e mesmo de sexo explícito, registrei as cenas com rapidez, temia reação dos participantes, embora estivesse a uma distancia de uns 20 metros para evitar qualquer reação e não ter nenhuma participação nas situações sociais que se estendiam há várias horas, já era quase meio dia e as cenas mais variadas aconteciam, afinal por não ter nenhuma habitação, a casa deles era a rua, e afinal eles estariam abençoados pelo cardeal Don Sebastião Leme que em estátua e em espírito a tudo assistia. Eles estavam ao pé da estátua de um cardeal.
 
A sequência fotográfica foi copiada no laboratório fotográfico de O Globo e foi um sucesso (aparente) as pessoas se dividiam entre as gargalhadas da situação e a tristeza e foi parar na diretoria, isto é Dr Roberto Marinho e seu irmão Rogério, que mostraram aos outros diretores e assessores que acharam divertido pelo final da sequência e mandaram arquivar, que não fosse publicada em momento algum. Passaram-se alguns meses e levei aos fotos para o editor de O Repórter Luiz Alberto Bittencourt O Luizinho que achou genial e publicou com texto poético de meu querido Tim Lopes.
 
NA POLICIA FEDERAL INCURSO NA LSN
No dia 12/07/1978 fui intimado a comparecer na Superintendência Regional da Policia Federal incurso em artigo da LSN em um hipotético incitamento à subversão para prestar esclarecimentos sobre fotografias que haviam sido publicadas em O Repórter jornal alternativo que  publicou a sequência dos mendigos com belo texto do inolvidável Tim Lopes que ficou maravilhado com as imagens. Também tive de dar explicações sobre reportagem fotográfica sobre a Zona De Prostituição do Mangue também com texto do Tim em cima de minhas imagens, e de uma simples foto de uma jovem carnavalesca no camarote do governador Faria Lima. A jovem estava com um biquíni de carnaval o que na época, e por estar em camarote de uma autoridade não deveria ser registrada nem muito menos publicada. Fui para a Federal bem cedo às 08 da manhã, fiquei confinado em uma sala sem saber o que fazer.Outros colegas da redação do Repórter como Aguinaldo Silva, Telmo Vambier e outros que não me recordo também foram depor. Meu depoimento foi lá pelas cinco da tarde, acompanhado por advogado que ficou ao meu lado enquanto respondia ao delegado federal, a quem eu já havia fotografado em um problema interno sobre passaportes, em reportagem para O Globo.
 
 No longo depoimento respondi que estava a mais de 20 metros de distancia e apenas fiz o registro com objetiva de 135mm (pequena teleobjetiva) embora o delegado inquisidor insistisse que eu tivesse induzido os participantes principalmente em relação às cenas de sexo. Não satisfeito com os esclarecimentos ele afirmou que eu deveria ter impedido as cenas diversas. Respondi ao delegado que exerci minha função, estava à mesma distancia de uma delegacia, a Sexta Delegacia Policial que estava a uns 20m e que a função de reprimir ou permitir as cenas inusitadas seria deles a função. O delegado encerrou o depoimento, embora à contragosto.
 
Tenho usado as imagens, ás vezes na sequência integral, às vezes em apenas uma ou duas fotos de violência em exposições fotográficas ou em aulas ou palestras sobre Fotojornalismo. As cenas mais fortes só são usadas para encerrar a sequência de imagens para contar uma história feita entre ás 8,30h e ás 12h. Creio ter cumprido plenamente minha função de registrar a vida, as situações sociais que ocorrem na bela e às vezes aterrorizante cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Cidade que às vezes é maravilhosa como diz o hino da cidade, às vezes é o paraíso do inferno e do caos como diria  um outro poeta. 
 
A vida para todos nós às vezes é um inferno, às vezes um paraíso, e  nós repórteres fotográficos devemos e temos obrigação de sempre que possível de fazer um registro que pode definir a época em que elas foram efetuadas.
 

quarta-feira, 6 de abril de 2016

CÂMARA DE VEREADORES FAZ HOMENAGEM AOS 70 ANOS DA ARFOC

 ARFOC INAUGURA EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA NA CÂMARA DE VEREADORES
 A exposição fotográfica "A Fotografia Como Documento Social" foi inaugurada segunda dia 04 de abril no Saguão José do Patrocínio da  Câmara de Vereadores do Município do Rio de Janeiro em comemoração aos setenta anos da Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio de Janeiro. Fundada em 1946 tem como objetivos defender, incentivar, valorizar e aperfeiçoar o Fotojornalismo e o Cinefotojornalismo como profissão. A mostra fotográfica vem prestar uma homenagem aos profissionais da imagem que diuturnamente cumprem a nobre tarefa de informar, superando todas as dificuldades, mesmo com o sacrifício da própria vida.
fotos Everaldo d'Alverga

sábado, 30 de janeiro de 2016

LEONARDO EM MONTEVIDEO (02)

UMA VIAGEM AO URUGUAI
Leonardo fez uma viagem ao Uruguai em companhia de sua mãe Regina Lucia e de seu avô Alcyr. Foram apenas seis dias, mas que ficarão para sempre em sua memória. A partida foi dia 23/01 do Rio de Janeiro pela TAM, em um voo tranquilo. Ficaram hospedados no Hotel Balfer, no Centro de Montevideo, próximo á uma de sua avenidas principais, a 18 de Julio. Na volta em 28 de Janeiro após voo tranquilo, a revista no Aeroporto do Galeão foi demorada, com longas filas, e poucos agentes da Policia Federal atendendo ao grande número de passageiros que chegavam, formando longas filas.

Regina Lucia e Leonardo no Jardim Botânico
O Hotel Balfer fica situado na Rua Zelmar Michelini, é um recanto agradável com um farto e saboroso café da manhã e funcionários atenciosos, com a vantagem de estar situado em local central próximo à Plaza Libertad. A República Oriental do Uruguai tem cerca de 3,5milhões de habitantes, com ,1,8 milhões de pessoas vivendo em sua capital, Montevideo. É classificado entre os países de melhor qualidade de vida do mundo. Na América Latina é classificado em primeiro lugar em democracia, ausência de corrupção, qualidade de vida. Foi também classificado como "País do Ano" em virtude de sua política inovadora implantada no Governo Mujica em legalizar a produção, venda e consumo da Cannabis. O Uruguai tem influência predominantemente europeia, principalmente da Itália, Espanha e França.
Leonardo no Museu
O Jardim Botânico é um passeio imperdível, muito bem tratado com plantas típicas do Uruguai. A Feira de Antiguidades aos domingos fica localizada em várias ruas, a principal referência é a Rua Tristan Narvaja  onde podemos encontrar antiguidades em peças de cristal, prata e peças típicas do país. A Feira também tem barracas que vendem frutas frescas, verduras, queijos, doces e até pequenos animais. Podemos também encontrar antiquários com peças antigas de rara beleza. Como a Feira ocupa várias ruas, quase um bairro inteiro, uma parada em um café local para beber uma cerveja Zillertal bem gelada acompanhada de um pancho , ou chivitos é essencial. A cerveja Zillertal  é muito saborosa e desce bem no verão.
Antiquário na Tristan Narvaja

Um passeio pela Rambla que margeia o Rio da Prata tem um visual esplendoroso. Vários museus podem ser visitados, mas no horário de verão só abrem na parte da tarde e fecham às segundas feiras. O Uruguai tem a melhor carne bovina do mundo e um almoço no Mercado del Puerto para degustar uma belíssima e saborosíssima picanha, ou bife de tira acompanhada por uma taça de vinho ou pela cerveja local vale a pena o passeio gastronômico. No Mercado tem uma série de restaurantes e bares para todos os preços e todos os gostos, além de lojas de antiguidades e artesanato local.
Um dos lugares mais fotografados é a Fonte dos Cadeados na 18 de Julio, em frente ao restaurante e  casa de chá Facal onde podemos degustar um saboroso capucchino, uma taça de vinho  ou um sorvete estilo sorvetão, que vale por uma refeição.
Montevideo é uma belíssima metrópole, com linhas de ônibus cortando toda a cidade com preços um pouco mais baratos do que o Rio de Janeiro, em torno de R$3 reais. A Catedral Metropolitana é também um ponto turístico e fica em frente a uma praça onde também podemos encontrar uma feira de antiguidades.
Em frente á estátua de José Artigas