sexta-feira, 13 de novembro de 2015

EDITORA BARLÉU LANÇA "RIO MAR LISBOA RIO"

LIVRO MOSTRA AS SEMELHANÇAS ENTRE LISBOA E RIO DE JANEIRO
A Editora Barléu lançou na terça dia 10 livro que mostra as semelhanças entre a cidade maravilhosa e Lisboa em homenagem aos 450 anos da cidade. O lançamento foi  no Consulado Geral de Portugal na Rua São Clemente em Botafogo.
Kitty, Rogério e Ramadinha

As belas imagens cariocas de Rio Mar Lisboa Rio foram feitas por seis brasileiros Bruno Veiga, Claudia Jaguaribe, Frederico Mendes, Leonardo Ramadinha, Kitty Paranaguá e Rogério Reis. As fotos de Lisboa foram da autoria de Ana Brígida, Clara Azevedo, Luiza Ferreira, Rodrigo Cabrita, Tomasz Curvo e Valter Vinagre.
A Editora Barléu fundada em 2002 por Carlos Leal editor da Livraria Francisco Alves Editora pretende divulgar as artes plásticas no Brasil e tem publicado vários livros sobre a nobre arte da fotografia.

A foto da capa é do repórter fotográfico Frederico Mendes que começou sua carreira nos Diários Associados e trabalhou durante muitos anos na Revista Manchete e na imprensa internacional.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

TRÊS ENCONTROS COM TOM JOBIM

"CHEGA DE SAUDADE" DE TOM FAZ 60 ANOS É O INÍCIO DA BOSSA NOVA 
TOM JOBIM BRASILEIRO ATÉ NO NOME FARIA 93 ANOS NO DIA 25 DE JANEIRO
UM ENCONTRO NO CAFÉ DA MANHÃ EM UM "PÉ SUJO" NO LEBLON
Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim se estivesse vivo faria 90 anos. Meu encontro com Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, o mais brasileiro de nossos compositores foi em um "pé sujo" no Leblon em um dia de eleição no inicio dos anos oitenta. Tinha ido a serviço do Globo onde trabalhava como repórter fotográfico para registrar algumas filas de eleitores em locais de votação. Ao passar pela Ataulfo de Paiva parei para beber uma água mineral e deparei com uma cena inusitada, Tom bebia um cafezinho da manhã, sem estar vestido de black tie, provavelmente após uma longa noite, em um  bar próximo a uma farmácia em frente a uma banca de jornal onde o poeta ia diariamente assinar o ponto. Fiz a minha identificação profissional e disse a ele que queria fotografa-lo, e perguntei  se iria votar. Tom respondeu que não havia ainda se decidido em comparecer às urnas, iria para casa decidir.. Aproveitei e fui "clicando" com a minha (do jornal) Nikon F2 com motor, uma câmera compacta, verdadeira arma de guerra. Fiquei sabendo depois que Tom tinha sempre o hábito de tomar seu café da manhã no barzinho e depois dava uma passada na banca de jornal em frente para ver as notícias e bater um papo com os amigos. 
foto Alcyr Cavalcanti al rights reserved

Fiz as imagens sem sequer dar tempo do poeta argumentar sobre se iria sair bem na foto, ou não. Fui embora sabendo que tinha uma joia preciosa nas mãos(e na F2), principalmente por ter tido a sorte da foto exclusiva.  Uso sempre essa imagem que sei ter sido em um momento único, e porque não, decisivo.  Na edição final os editores não ficaram muito emocionados com a imagem e publicaram sem nenhum destaque. Mas sei que possuía uma imagem preciosa, guardei em meus arquivos e sempre exponho com destaque em palestras ou exposições fotográficas.

UM OUTRO ENCONTRO
Fiz cobertura das noites cariocas para vários colunistas sociais e alguns outros de faits divers e tive privilégio de encontrar com o poeta em outras ocasiões. Em recente lançamento de um livro da Editora Barléu conheci Beth Jobim filha de Tom, apresentada por Carlos Leonam com quem trabalhei no Globo, então me lembrei dos encontros com Tom  e veio à memória uma noite quando a serviço da Tribuna da Imprensa, na época editada pelo Tarso de Castro, que tentava uma reaproximação com Chico depois de uma bebedeira que terminou em briga envolvendo Marieta Severo, então casada com Chico.. Fui junto com o ilustre jornalista Marceu Vieira fazer uma reportagem exclusiva sobre um encontro entre compositores sobre problemas relativos a direitos autorais. Os mais importantes da MPB lá estavam, mas dentre muitos cliques guardo o registro entre Chico Buarque e Tom Jobim a respeito de uma farta distribuição de charutos cubanos da primeiríssima linha. Me recordo de uma frase: "Poxa Tom você fica dando Habanas a torto e a direito, até pra quem não fuma". O momento ficou eternizado.

Chico Buarque e Tom Jobim foto Alcyr Cavalcanti all rights reserved

O ÚLTIMO ENCONTRO
Foi em meu primeiro serviço para o jornal Estado de São Paulo (Estadão) ao cobrir o velório do Tom Jobim em dezembro de 1994. O material foi editado no Estado de São Paulo e no Jornal da Tarde. Foi um momento de muita tristeza, uma verdadeira comoção nacional. . Acompanhei a chegada do corpo do poeta desde o Galeão (agora chamado Tom Jobim, em sua homenagem) em um cortejo pela Avenida Brasil até o Parque Lage, um último adeus.