domingo, 29 de setembro de 2013

FUTEBOL, PAIXÃO NACIONAL

Imagens marcantes de um futebol cinco vezes campeão O futebol é uma paixão mundial, capaz de atrair milhões de fanáticos torcedores, que deixam tudo de lado para reverenciar os deuses do estádio. O futebol é um esporte, um jogo de sorte ou de azar, um negócio, um fator politico e também uma religião. Para homenagear os deuses do futebol a Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos-ARFOC realiza uma exposição fotográfica na Câmara de Vereadores de Niterói durante o IV Encontro Estadual de Assessores de Imprensa com imagens marcantes da seleção brasileira, a única seleção de futebol a participar de todas as copas, tendo vencido em 1958, 1962,1970,1994, 2002.
Alcyr Cavalcanti diretor de jornalismo da ABI em foto de Sergio Gomes Participam da mostra Alberto Ferreira, Alaor Filho, Alcyr Cavalcanti, Aníbal Philot, Cesar Loureiro, Fabio Motta, Fernando Maia,Ivo Gonzalez, Julio Guimarães,Orlando Abrunhosa com imagens definitivas feitas durante diversas copas do mundo. A curadoria é de Alcyr Cavalcanti e as fotografias fazem parte do acervo da associação. A exposição fotográfica faz parte da programação do IV Encontro de Assessorias de Imprensa organizado pelos jornalistas Continentino Porto presidente do SJPERJ e Mario de Sousa diretor de eventos reuniu um grande publico que lotou o plenário da Câmara de Vereadores de Niterói.

domingo, 25 de agosto de 2013

A FOTOGRAFIA EM 2013

Manifestações, protestos, pancadaria, contra tudo e contra todos atualizado em 17/10/2013. O povo saiu às ruas para protestar contra um governo que deu as costas para o povo. O preço abusivo das passagens de um sistema de transportes caótico, extremamente ineficiente foi a gota d'água. Os repórteres-fotográficos tem procurado registrar este momento histórico apesar da fúria indiscriminada de uma policia despreparada, que não compreende que também é usada e explorada pelos governantes. A violência policial atingiu profissionais que arriscam suas vidas para cumprir fielmente sua função, deixando um rastro de destruição e sequelas irreparáveis.
A proporção: dez policiais para cada manifestante
Bombas, balas de borracha, pancadaria pra todo lado foi a resposta do aparelho de estado. De inicio as manifestações eram pacíficas, pelo passe livre. Aos poucos o descontentamento foi se generalizando. Os governantes de inicio perplexos, mostraram rara insensibilidade, procurando ignorar a voz rouca das ruas. Obras superfaturadas, o caso do "Novo Maracanã" uma beleza arquitetônica, mas com reajustes quase mensais de milhões de reais, levaram o povão a exigir das autoridades um "padrão FIFA" para transportes, saúde, educação, moradia, enfim melhorias para tudo que um governo que se diz democrático-popular prometeu e ainda não cumpriu.
Os professores do ensino fundamental cansados de serem explorados resolveram protestar, exigindo seus direitos. Há vários dias tentam sensibilizar dirigentes insensíveis, que preferem canalizar os bilhões de reais em distribuição para a "base aliada" e para um suposto choque de ordem. Fica uma pergunta: até quando o alcaide vai tapear a imensa população??
Aos poucos a paciência de uma população dita cordial conforme conceitos equivocados tem mostrado que não é um mero rebanho, a "massa amorfa" no sentido fascista que parece ser a tônica dos membros do executivo e do legislativo.

terça-feira, 30 de abril de 2013

OTÁVIO RIBEIRO, O REPÓRTER

A Última Façanha de Otávio Pena Branca, o mestre da noticia. Tive privilégio de conhecer Otávio Ribeiro em sua última grande reportagem :"A Desova do Taxi". Em minha longa trajetória convivi com a nata da reportagem policial, autênticos caçadores de noticias como Albeniza Garcia, Jarbas Domingues, Orlando Silva, José Argolo, José Monteiro e muitos outros que me ensinaram o ritmo certo da apuração em "zonas vermelhas". Com eles aprendi "aonde a banda toca" na hora certa, ou na hora errada, como entrar e principalmente a hora certa de sair. Com o mestre Pena Branca partilhei sua última empreitada no mais autêntico jornalismo de investigação do "maior repórter policial do mundo" segundo a bíblia do jornalismo de combate a revista francesa Actuel. Ribeiro era destaque na capa em reportagem feita em Paris duelando com a nata da reportagem mundial. Ele exibia a revista como um troféu fazendo questão de mostrá-la a todos e dizia com um sorriso sacana: "Engoli todos eles". Estávamos no final dos anos 80, mais precisamente em fevereiro de 1987. Eu trabalhava na Tribuna da Imprensa o combativo jornal da Rua do Lavradio. Havia saído do Globo depois de breve passagem pela Isto é, com muita vontade de fazer a melhor imagem da melhor noticia. Conhecia Ribeiro apenas de vista, quando ele aparecia na revista. Fui designado pela direção da Tribuna para acompanha-lo em importante matéria exclusiva. Após as apresentações, ele pediu para ir com ele até o bar mais próximo, um sórdido pé-sujo ao lado do jornal. ele perguntou onde eu havia trabalhado e disse que deveríamos ir até o local da reportagem para fazer um levantamento da área. "Alcyr, quero ver se você tem medo, porque você vai comigo até um local muito perigoso na Baixada fazer um reconhecimento para ver se meus informantes estão dizendo a verdade". Respondi de pronto: "Oi Otavio tenho medo, é claro, mas pode ficar tranquilo, eu faço as fotos, deixa comigo, você faz o teu serviço, eu faço o meu" Ele sorriu de modo enigmático. Dias depois fomos até o local da desova verificar in loco. O local era totalmente deserto, ficava atrás de uma pedreira. Não passava ninguém, nem de carro, nem a cavalo, a pé muito menos. Nossa viatura era um fusca caindo aos pedaços, pilotado por um típico malandro carioca, boa praça mas irresponsável de pai e mãe. Se houvesse (e não havia) uma rota de fuga, com aquela preciosidade fugir nem pensar, provavelmente seríamos desovados. No meio da empreitada começa um ruído estranho, era a hora do terror, calmamente o Pena pergunta para mim: "Alcyr você usa arma?", respondi: "não, minha arma é essa aqui" e apontei a câmera. Ele riu e mostrou um revolver 38mm cano longo enferrujado, que mais parecia uma peça de museu. A essa altura o motorista foi para dentro do possante tomar um gole de seu inseparável combustível, e arrematou: "Meu possante pode ficar a seco, mas eu não posso ficar com a garganta seca". E sorveu alguns goles da preciosa (para ele) cachaça. Não entendi nada o local era deserto sim, poderia haver uma salva de canhões que ninguém saberia, mas tive um pensamento sinistro, será que iria assistir a uma matança, ao vivo e a cores? No dia marcado uma fria madrugada de um sábado para domingo para o ponto de encontro o Trevo das Margaridas às cinco da madrugada. O o nobre motorista escalado para a missão não apareceu. Motivo simples, havia bebido todas com o dinheiro que o jornal havia deixado em minhas mãos para dividir com o piloto, e eu havia partilhado um dia antes. Foi um erro capital, ele não conseguiu acordar. Marlene minha querida companheira mãe de minhas filhas, não podia me deixar na mão, resignadamente mas cuspindo marimbondos, "botando fogo pelas ventas" resolveu após acalorado diálogo me levar até o local do crime, mesmo sem ter a mínima noção do trajeto.
Otávio, segundo à esquerda orienta os trabalhos foto Alcyr Cavalcanti.
O local combinado parecia um happening à maneira das obras do PAC em vésperas de eleição, retroescavadeiras e dezenas de pessoas foram mobilizadas, comandadas por uma equipe da Delegacia que apurava os crimes na Baixada Fluminense, o responsável era o delegado Luiz Gonzaga. Mas quando iria começar a escavação o dono das máquinas quis ir embora, temendo as consequências. Após muitas negociações ele tremendo de medo alegava que as máquinas estavam com defeito, e resolveu abandonar a área dando ordens para os operários recolherem as retro. Aí entra em cena toda a paixão do maior de todos os repórteres. Como que possuído por uma entidade Otávio pula em cima do capô do carro impedindo o motorista em avançar. Em seguida arranca o dono das retroescavadeiras do interior do carro arrastando-o pela estrada e aos berros obriga a cumprir o combinado. Todos os presentes ficaram paralisados, eu também. Nunca tinha visto, nem nunca mais iria ver algo semelhante. De fato, Otávio dava a vida pela noticia. A matéria foi feita, o taxi foi retirado após horas e horas de escavação sob um sol inclemente de cinquenta graus da Baixada Fluminense, e publicada em destaque na Tribuna. A ação foi também acompanhada por equipe da TV Bandeirantes com o famoso repórter João Batista conhecido como JB. A revista Status publicou dias depois extensa reportagem com fotos de João Bittar.
delegado Luiz Gonzaga examina o taxi foto Alcyr Cavalcanti
Otávio Ribeiro o Pena Branca era de fato o melhor entre os melhores, muita coisa poderia ser escrita sobre ele, que se estivesse vivo poderia passar seus ensinamentos, sua malandragem para as futuras gerações de jovens repórteres que de fato estivessem em busca da verdade por detrás das aparências. Pena Branca faleceu meses depois vitimado por doença incurável.

segunda-feira, 25 de março de 2013

SIGILO ABSOLUTO

UM JORNALISMO  MUITO SIGILOSO E POUCO  INVESTIGATIVO  
Vitor Combothanassis era repórter especial do Globo, nos anos setenta, o mestre do chamado jornalismo investigativo. Fui designado para acompanha-lo sem saber para onde, nem como, nem por que. havia apenas uma recomendação:"matéria sigilosa". Durante o sinuoso trajeto não disse uma palavra, ou melhor disse ao Velho Dodô, nosso motorista "Vamos por aqui para despistar". O local era a Rua Alice em Laranjeiras, epicentro do "Caso Carlinhos", o sequestro e desaparecimento do menino Carlos Ramirez, até hoje pouco e mal esclarecido. Ao chegarmos ao local Vitor disse em voz baixa, quase sussurrando: "Amiguinho você vai ter que fingir que não me conhece, em hipótese alguma me dirija a palavra, mas não precisa se preocupar", o que seria extremamente difícil, a rua estava interditada e cercada por dezenas de viaturas policiais, e a tiragem armada até os dentes já havia feito o reconhecimento da equipe. O motorista colocou o carro de reportagem (sem letreiro de identificação) afastado do local onde seria feito o trabalho de reconstituição do provável sequestro do menino Carlinhos e aproveitou para tirar uma soneca, hábito de noventa e nove por cento dos pilotos da madrugada. O circo armado ia começar, a poliçada andava de um lado para outro com as armas engatilhadas, sob as ordens de um velho policial, o delegado José Gomes Sobrinho dublê de juiz de futebol, que ordenou a um de seus "fiéis" que me mantivesse afastado da cena. Resolvi esperar, embora a paciência não seja o meu forte. Na primeira tentativa de registrar as cenas, fui ameaçado por um policial com a arma apontada, e fui obrigado a recuar e guardar a câmera. Comecei a ficar preocupado, a cobrança no jornal era muito grande, não se admitia o "nada feito", principalmente quando o repórter iria fazer matéria exclusiva (e sigilosa). Ingenuamente eu confiava no repórter especial, acreditando que ele facilitaria meu registro em imagens. Ledo engano. O tempo não para, já dizia o poeta, repetindo Heráclito de Éfeso, o pai da dialética. Comecei a ficar á beira do pânico, e ato contínuo resolvi fotografar de qualquer forma apesar da situação criada, com, sem ou apesar do Vitor Combothanassis. Pedi ao Velho Dodô que posicionasse a viatura de frente para o local da reconstituição e acendesse os faróis a toda intensidade, comecei a fotografar desesperadamente. estava portando o melhor filme de reportagem feito até os dias de hoje, o velho, bom e infalível Tri-X da Kodak fiel ao lema :"Quem sabe usar não perde a foto". Eu estava com o olho no visor da câmera, e não percebi a reação da poliçada que foi imediata. Partiram para cima de mim furiosos com as armas engatilhadas, capitaneados pelo Gomes Sobrinho que além de me xingar aos berros, colocou a metralhadora em meu peito, enquanto um dos esbirros me puxava pelo paletó, um belo blazer Pierre Cardin, recém chegado de Paris, para eu poder circular pelas noites cariocas à cata de celebridades, para abastecer as colunas sociais. Fiquei com o blazer em frangalhos mas não deixei que destruíssem a câmera, nem os registros que poderiam ficar para a posteridade. Apelei para o intrépido repórter, mas ele fiel ao combinado, fingiu que não me conhecia. Fui para o carro esperar o desfecho, perplexo com a "solidariedade" do companheiro. Algum tempo depois ele aparece, dizendo que poderíamos retornar, "que já tinha uma exclusiva para escrever", pediu mil desculpas, afirmando que se não fosse assim, não poderia publicar uma linha sequer. Fui para a redação muito irritado, botei o filme para revelar, fui direto para a mesa do chefe de reportagem, o querido e leal Marco Antonio, mostrei o paletó em frangalhos, exigi que o jornal pagasse os prejuízos, e fiz um relato minucioso das aventuras e desventuras da noitada, da "lealdade" e do trabalho em equipe. Marco Antonio ficou petrificado, deu o dinheiro da "caixinha de emergência" para ressarcir os prejuízos materiais,e prometeu fazer um relato fiel ao chefe da redação. Conforme o combinado, o relatório foi feito, mas pouca coisa ou nada mudou, As reportagens investigativas continuaram sob sigilo absoluto, pelo menos em alguns casos. Quanto ao blazer, comprei outro, pena que seria apenas uma reles imitação, uma simples franquia Made in São Paulo.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O ULTIMO BAILE DO TEATRO MUNICIPAL

atualizado em 15/04/2023
BAILE DE GALA DO TEATRO MUNICIPAL TERMINA EM PANCADARIA
FOI O INÍCIO DO FIM DOS LUXUOSOS BAILES DE SALÃO 
photo by alcyr cavalcanti all rights reserved

O baile de gala do Municipal era o ponto alto do carnaval. Atrações internacionais eram convidadas para a festa com a exigência do traje e rigor ou fantasias de luxo. Nos anos sessenta Kirk Douglas foi a estrela principal. Fez uma entrada triunfal vestido de gladiador, roupa que usou no filme Spartacus do diretor Stanley Kubrick. Kirk resolveu subir os degraus da entrada do teatro de maneira espetacular, exibindo seus músculos, e de cabeça para baixo, fazendo um movimento que na ginástica é conhecido como parada e popularmente como "plantar bananeira". Estamos no carnaval de 1975, seria o último baile, tinha de ser em grande estilo. E foi, mas de maneira insólita. Toda a imprensa estava presente, para acompanhar a grande atração, a princesa Soraya da Pérsia, atual Irã, verdadeira rainha, no auge da beleza e da fama. Estava sendo ciceroneada pelo cronista social Ibrahim Sued, e tinha vários camarotes à sua disposição, inclusive o da revista Manchete. Havia um pequeno, mas importante detalhe, a bela princesa estava com roupas comuns e com máscara que cobria todo seu rosto, o que tornava impossível sua identificação. Ela não queria ser fotografada na folia carioca. Fui ao baile à serviço do extinto Diário de Noticias na época em agonia, em estado terminal sob a regência de Olímpio Campos, eu exercia o cargo de editor de fotografia. O jornal estava descendo a ladeira, salário nem pensar, dinheiro somente sob a forma de vales, que diziam as más línguas pelos bares da vida eram fornecidos pela contravenção. O grande jornalista Valdinar Ranulfo havia me chamado para reforçar a equipe de carnaval da Ultima Hora. Teria de fazer também a cobertura para a revista Romântica da Editora Vecchi. O baile oficialmente terminaria às quatro horas da madrugada, mas os foliões não arredavam pé, e a orquestra resolveu animar a festa durante mais meia hora. Mas quem ficou queria mais, muito mais e foi dada nova prorrogação até as cinco da manhã. As equipes de televisão,jornais e revistas estavam no limite, muitos foram embora, tremendo erro, uns liberados pelas chefias, outros vencidos pelo cansaço. Resolvi ficar, insistir, pressenti que havia alguma coisa estranha no ar, seguindo a máxima do velho guerreiro: "A festa só acaba quando termina".
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De repente começa uma discussão, seguida de um empurra-empurra, que iria acabar em pancadaria generalizada. Cadeiras voavam, mesas e garrafas quebradas, socos, "voadoras", pontapés, um fim de festa para ser lembrado por uns e esquecido por outros. Somente Evandro Teixeira pelo JB e eu conseguimos registrar a pancadaria que iria motivar em definitivo bailes de Carnaval no Teatro. Fui para  o laboratório da Ultima Hora revelar os filmes, aí um complicador, o laboratorista não estava e chegou em plana manhã ainda sob os efeitos da ressaca. No fim de toda essa epopeia  fui recompensado,  a Ultima Hora publicou uma sequência de quatro fotos em sua edição de carnaval, muito disputada por todos, era o único jornal distribuído durante a folia, ainda na terça feira. Minhas fotos tiveram grande repercussão, foram vendidas para o exterior e a TV Globo usou as imagens fixas por intermédio do jornalista Mauro Costa, chefe de reportagem. O fato causou a demissão do repórter fotográfico Rubens Seixas do Globo. Não foi levado em conta a excelência de seu trabalho em milhares de imagens publicadas no jornal. Ele estava no lugar errado e não fez um fotograma sequer.
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Minhas fotos foram vendidas, só consegui receber pequena parte das vendas, mesmo assim por ter sido alertado pelo querido amigo Carlos Mesquita que me avisou que rapidamente estavam negociando as imagens, e provavelmente não iriam me avisar. Terminei o carnaval passeando na Cinelândia com minha mulher e filhas, depois da missão cumprida após a maratona da folia, saboreando um gostinho de vitória. Era o começo do fim dos grandes bailes de gala em salões luxuosos.

domingo, 13 de janeiro de 2013

RUBEM BRAGA, O FAZENDEIRO DO AR

CRÔNICAS INÉDITAS DE RUBEM BRAGA LANÇADAS EM LIVRO
O "Velho Braga" como era conhecido entre os amigos é considerado o pai da crônica moderna brasileira, com mais de 15 mil publicadas em diversos jornais e revistas. A editora Global lança "O poeta e outras crônicas de literatura e vida" com diversas crônicas de Rubem em conversas e visitas a seus amigos escritores como Manuel Bandeira, Drummond de Andrade, Clarice Lispector e outros amigos.  Em janeiro de 2013 foi celebrado o centenário do grande escritor capixaba que faleceu em 19 de dezembro de 1990. Foi um amante da natureza e de belas mulheres (não necessariamente nessa ordem)teve vários amores e foi casado com a escritora Zora Seljan,como ele militante comunista. Para o escritor Fernando Sabino "Braga pegava todas as mulheres, não deixava nenhuma para os amigos". Com a atriz Tônia Carrero viveu uma intensa paixão em Paris. A Editora Record vai publicar em homenagem ao centenário do escritor Retratos Parisienses, organizado por Augusto Massi, com reportagens escritas entre 1949 a 1952 quando era correspondente do Correio da Manhã na França.
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Tive o privilégio de conhecer o escritor, quando em serviço para a Ultima Hora em 1973, na sua cobertura na rua Barão da Torre em Ipanema, verdadeiro oásis cheio de arvores frutíferas, em meio a uma floresta de concreto. Braga estava no ápice da felicidade em companhia da atriz Darlene Gloria, no auge de uma beleza estonteante.
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O fotógrafo Paulo Garcez acompanhou Rubem Braga em diversos momentos, e fez um registro histórico da intelectualidade que frequentava os bares do eixo Ipanema/Leblon.
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Rubem Braga, Paulo Garcez e Maria Alice em noite de autógrafos. O "Urso" como era conhecido mandou colocar em seu Jardim Suspenso um cartaz situado estrategicamente bem na entrada: "Aqui vive um solteiro feliz", e no meio do jardim uma estátua eternizando uma de suas paixões, Bluma Wainer, de autoria do escultor Alfredo Ceschiatti.